Mais vale um peito na mão do que dois ... Vocês sabem !

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Opor

Oposição: ¹ Fronteiro, ²Contrario ou inverso, ³contraditorio, o que é contrario ou inverso.

Apartir destes sinônimos citados pelo Aurélio (4º edição), podemos seguir um raciocínio lógico que consiste no fato de que; oposição significa em essência se restringir. Utilizar sua liberdade de expressão única e exclusivamente contra outra idéia, é absurdo, irresponsável e no mínimo uma atitude preguiçosa. Ou posso ser mais “soft” e dizer que você é um ignorante, um ser não consciente de sua verdadeira potencialidade.

Opor é entre muitas coisas:
- Se rotular baseado na idéia que te contraria
- Anular sua força contra a força que lhe é contraditória
-Impedir sua fluidez natural, pois te leva ao confronto
É o popular murro na ponta da faca. Pois toda força aplicada tem em oposição uma força contraria de mesma intensidade.

Muitos hoje são como aqueles que se opuseram a gravidade e não voaram. Para voar tivemos que ser geniais, loucos! Contornamos o que nos limitava e nos apoiamos no vento!

A queda de braço entre opositor e opositado significa entrar nas regras de um jogo pré existente. Quando jogamos este jogo, mesmo vencendo, estamos garantindo essa roda-viva, este rodízio de idéias já esperadas, pois o oposto é isso, é previsível.
O espírito indomável da juventude se esvai.
Assistindo e perdendo a força e o brilho,
Se esgotando,
Se escondendo,
Se escorrendo pra dentro dos sulcos da vileza de ser inerte,
Inerentemente escasso,
Raso...

Limitamos-nos pelo dogma de parecermos loucos, intragáveis, iningolíveis por aqueles que não estão despertos para o fato de que entre as pessoas há espaço para a mudança, para o novo!
Somos rios REPRESADOS, impedidos de correr, fadados ao estresse de não fluir, de não ser, de apenas representar. Somos obrigados a escolher personagens pré-concebidos e por mais exóticos que escolhamos nossos papeis, estaríamos simplesmente controlados, oprimidos por este crupiê vil de um jogo de cartas marcadas.

Enquanto nos ocupamos neste jogo de pique-pega de ideais, os porcos travestidos de guardiões da democracia usam da força que nos falta, pois não precisam “respeitar” o jogo(pois até certo ponto o criaram). Porem são vitima de um outro jogo, muito mais cascudo, o jogo do poder. Cometem o mesmo erro de se por entrelinhas, mas estão um “nível acima”.


Não participar desse jogo nos coloca não em um nível acima ou abaixo. Coloca-nos de fora. Nos liberta. Quando cruzamos a linha dessa realidade coletiva nos despreocupamos com o rotulo de louco e vivemos talvez uma felicidade verdadeira. A felicidade de criar e estar consciente dos prós e contras das nossas próprias escolhas, das nossas próprias fabricações, em suma, estamos despertos e somos coroados reis da nossa própria realidade(muita responsabilidade né, pena que nem todo mundo agüenta). Vivemos a ilusão de que para estamos juntos temos que seguir mesma regra e falar mesma língua, ou seja, participar de uma realidade coletiva. Mas essa ilusão nos faz intolerantes, nos faz remover cirurgicamente os que não se enquadram os que se sobre saem. Esta ilusão nos faz ter que jogar fora o nosso potencial mais abençoado, o propósito que nos levou a ser criatura. Falo de sermos criadores! Somos talvez o único ser no universo capaz de canalizar energia e construí-la para um propósito comum ou pessoal. O homem que não vive sua essência criadora esta em eterno desacordo consigo mesmo, em constante angustia em constante estresse, pois não flui !

Em miúdos, o que estou querendo dizer? Quero dizer que toda vez que nos poupamos de criar nossa realidade e nos adequamos a alguma realidade pré-concebida, por mais bem intencionada que ela seja nos deparamos com um “eu” infeliz, disforme e destoado da própria afinação. Nosso meio prega tão dogmaticamente essas realidades pré-fabricadas que nos negaceamos por uma falsa segurança. O homem é o único animal que se orgulha das próprias grades!

É como um câncer que brota como se fosse algo espontâneo
É como AIDS que pegamos nas relações mais intimas
É como se o tiro traísse a arma e voltasse contra ela
É como o nascimento, cheio de choro e dor

Mas quem nasceu da carne e não nasceu do espírito não está completo. Nos nascemos de verdade no dia em que lançamos sobre nos mesmos um olhar inteligente sobre a existência. Sair do casulo da inexpressão.

E é função destes recém nascidos da alma sentir isso, e ser como cristo um exemplo de algo que não é daqui, desta sociedade.

E se você não concorda comigo, não se oponha. Apenas perceba que em mais de 10 000 anos de historia do homo sapiens na terra alguma coisa anda sempre muito errada ou no mínimo não ta dando mais certo.

E para você que nem se deu o trabalho de ler ou se leu relegou minhas palavras ao conformismo da negação inconsciente fique tranqüilo, a vida não é para todos mesmo, é só para quem quer...
Não viva!
Continue fazendo o que você tava fazendo...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Telegrama sem letras

A loucura, nada mais é que:
Uma mente muito espaçosa onde os sentimentos podem brincar de ecoar...

E nesse telefone sem fio involuntário,
A velha surda consciência tem que simbolizar (Coitada velha, não sabe brincar!).
Transporta e transforma energia desorientada,
Em gente que não pode se orientar.

E neste jogo de culpados que é a vida,
A quem devemos coroar?
O espaço por ser desorientador,
O sentimento por não ser orientante
Ou a surda consciência que não fala a língua do nosso interior?

J.G Lima

Familia

Familia é raiz,
De tronco torto! Porem forte.
Destino vacilante se a semente não for bem plantada...
Sofre entre as doenças trepadeiras,
Mas se alenta, ao abrigar andorinha desalentada.

J.G Lima